domingo, 22 de novembro de 2009

Marina versus Dilma


Vamos dar crédito a quem merece. A ex-ministra do Meio Ambiente e atual senadora pelo Acre, Marina Silva, merece todos os créditos pelo recente anúncio do menor indíce de desmatamento na Amazônia nos últimos 21 anos. Índice esse que permitiu ao presidente Lula anunciar as metas de redução de gases do efeito estufa - de quase 40% sobre o que é previsto para 2020 - que será muito repercutido na conferência do Clima em Copenhage, no início de dezembro.

Na corrida eleitoral, o presidente Lula tratou de colocar a ministra da Casa Civil, Dilma Houssef, como a porta-voz do meio ambiente, dando a ela todos os louros de defensora da floresta. Porém, dessa vez o presidente foi longe demais. Qualquer um que tenha acompanhado pelo menos um pouco o trabalho de Marina, sabe que ela sim é a maior responsável pela melhoria dos números na Amazônia. E que Dilma, quando ainda ministra de Minas e Energia, dizia que Marina era um entrave ao desenvolvimento, por ser "rígida demais" nas aprovações das licenças ambientais das novas usinas hidrelétricas.

Como escreveu muito bem a jornalista Miriam Leitão em seu blog e coluna no jornal O Globo: "Dilma não é desse mundo. Ela é, desde o começo do governo Lula, a principal responsável pelo modelo elétrico, pelas decisões na área que monitora, mesmo depois de sair de lá. Acredita nas grandes hidrelétricas no meio da Amazônia, quer construir rodovias, aposta na "indução do desenvolvimento na expansão das fronteiras agrícolas e minerais", palavras ditas no lançamento do PAC. Não há transposição sustentável que faça dela uma defensora do meio ambiente e da floresta."

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