O modelo de desenvolvimento que será adotado pelo Brasil nos próximos anos será fundamental para que o país cumpra suas metas de combate ao desmatamento e, por consequência, de redução das emissões de gases do efeito estufa.
A coordenadora de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente, Andrea Souza Santos, integrante da delegação brasileira nas negociações do Clima em Copenhage, afirmou que o BNDES precisa repensar sua política de desenvolvimento e as atividades que vem financiando, como, por exemplo, a pecuária na Amazônia.
"Assim como todo grande banco, o BNDES precisa pensar no aspecto da sustentabilidade dos projetos que financia", disse a coordenadora, ressaltando ainda que o papel de gestor do Fundo Amazônia aumenta ainda mais a responsabilidade do BNDES em financiar projetos que estejam em dia com as questões socioambientais. Para ela, a criação de uma nova política de desenvolvimento já vem sendo desenhada e negociada pelo Ministério do Meio Ambiente com diversos setores da economia.
Vale lembrar que esse ano, o financiamento do BNDES a grandes frigoríficos acusados de compra de bois oriundos de fazendas que desmatam na Amazônia, foi altamente criticado pelo Greenpeace e outras entidades ambientalistas e gerou grande repercussão internacional. Entre 2007 e 2009, as cinco maiores empresas do setor, responsáveis por mais da metade das exportações brasileiras de carne, receberam US$ 2,6 bilhões do BNDES em troca de ações de empresas como a Marfrig, JBS-Friboi e Bertin.
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