O vazamento de um documento, chamado "texto dinamarquês", que vinha sendo elaborado praticamente a portas fechadas pelo Reino Unido, União Européia e Dinamarca causou muita tensão, hoje, nas negociações do clima em Copenhague. O documento é um esboço de uma proposta que dá mais poder aos países ricos e diminui o poder de intervenção das Nações Unidas no futuro acordo climático que está sendo negociado nesta conferência.
O documento foi recebido com profundo mal-estar, como informou o jornal britânico "The Guardian", que teve acesso exclusivo a um relatório confidencial dos países em desenvolvimento.
Neste relatório, os países criticam o fato da proposta enfraquecer o papel da Onu no gerenciamento dos recursos a serem investidos em mudanças climáticas, além de obrigar os países em desenvolvimento a assumirem metas obrigatórias de redução de emissões.
A proposta do "texto dinamarquês" traz ainda um verdadeiro "cavalo de tróia" para os países em desenvolvimento: não permitir que as emissões per capita ultrapassem 1,44 toneladas de carbono por pessoa em 2050, enquanto nos países ricos esse limite ficaria em 2,67 toneladas.
"Este é apenas um projeto, mas destaca o risco de que quando os países ricos se unem, os mais pobres saem feridos", alertou o conselheiro de política climática da Oxfam Internacional, Anthony Hill, ao jornal Guardian.
Outro ponto polêmico foi o fato de tirar da Onu a gerência dos recursos do fundo de mudanças climáticas, a ser criado para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem e a mitigarem os efeitos do aquecimento do planeta. Para Hill, a proposta de dar essa gestão ao Banco Mundial e ao GEF (Global Environmental Facility) representa um passo para trás nas negociações.
Risco de retrocesso
A coordenadora de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente, Andrea Souza Santos, já havia previamente alertado para o risco de Copenhague representar um retrocesso às negociações caso avanços obtidos com o Protocolo de Kyoto fossem perdidos. Criado em 1997 e ratificado em 1999, o Protocolo foi arduamente discutido até sua entrada em vigor em 2005 e representa, hoje, o único instrumento legal que impõe metas de redução de emissões dos gases do efeito estufa.
Para que as conquistas passadas não sejam perdidas nesta COP 15, o secretário-executivo da Onu para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, vem sendo enfático em dizer que o Protocolo de Kyoto não expira em 2012. "O que termina em 2012 é apenas o seu primeiro período de compromisso (2008-2012)", afirmou de Boer para evitar um possível esvaziamento do mecanismo. De 2012 a 2020, passará a vigorar, portanto, o segundo período de compromisso, com novas metas mais elevadas do que as estabelecidas anteriormente.
O documento foi recebido com profundo mal-estar, como informou o jornal britânico "The Guardian", que teve acesso exclusivo a um relatório confidencial dos países em desenvolvimento.
Neste relatório, os países criticam o fato da proposta enfraquecer o papel da Onu no gerenciamento dos recursos a serem investidos em mudanças climáticas, além de obrigar os países em desenvolvimento a assumirem metas obrigatórias de redução de emissões.
A proposta do "texto dinamarquês" traz ainda um verdadeiro "cavalo de tróia" para os países em desenvolvimento: não permitir que as emissões per capita ultrapassem 1,44 toneladas de carbono por pessoa em 2050, enquanto nos países ricos esse limite ficaria em 2,67 toneladas.
"Este é apenas um projeto, mas destaca o risco de que quando os países ricos se unem, os mais pobres saem feridos", alertou o conselheiro de política climática da Oxfam Internacional, Anthony Hill, ao jornal Guardian.
Outro ponto polêmico foi o fato de tirar da Onu a gerência dos recursos do fundo de mudanças climáticas, a ser criado para ajudar os países em desenvolvimento a se adaptarem e a mitigarem os efeitos do aquecimento do planeta. Para Hill, a proposta de dar essa gestão ao Banco Mundial e ao GEF (Global Environmental Facility) representa um passo para trás nas negociações.
Risco de retrocesso
A coordenadora de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade do Ministério do Meio Ambiente, Andrea Souza Santos, já havia previamente alertado para o risco de Copenhague representar um retrocesso às negociações caso avanços obtidos com o Protocolo de Kyoto fossem perdidos. Criado em 1997 e ratificado em 1999, o Protocolo foi arduamente discutido até sua entrada em vigor em 2005 e representa, hoje, o único instrumento legal que impõe metas de redução de emissões dos gases do efeito estufa.
Para que as conquistas passadas não sejam perdidas nesta COP 15, o secretário-executivo da Onu para Mudanças Climáticas, Yvo de Boer, vem sendo enfático em dizer que o Protocolo de Kyoto não expira em 2012. "O que termina em 2012 é apenas o seu primeiro período de compromisso (2008-2012)", afirmou de Boer para evitar um possível esvaziamento do mecanismo. De 2012 a 2020, passará a vigorar, portanto, o segundo período de compromisso, com novas metas mais elevadas do que as estabelecidas anteriormente.
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